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quarta-feira, 18 de março de 2015

[Fátima] De volta aos trabalhos...

Oi, eu sou a Fátima e tô sumida há um tempão, né? É que eu tive uma crise muito forte do LES e fiquei mais de 1 mês internada... Foi difícil, eu quase morri, meus rins paralisaram, eu tive que fazer uns dias de diálise, tive uma anemia aguda, vasculite, tomei transfusão de sangue, além de ter uma bactéria alojada no meu coração. É... não foi mole, mas eu sobrevivi! *gif do applause mais do que manjado pra mim*



 Mas o mais difícil de tudo isso foi ficar longe de Milena, ela não podia entrar nas visitas e eu morria de saudades. Chegava a doer. Não tinha um dia que eu não chorasse por ela...

Não vou me estender muito porque tô com um pouco de "stress pós traumático" e não quero lembrar do que aconteceu lá. Mas isso serviu para me incentivar a dar mais valor à minha vida, e muito mais à minha filha...

Eu tô me recuperando, então minha volta será aos poucos! Sosseguem ae!
Beijinhos!


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

[Fátima] O LES na minha vida de mãe

Assim como já disse para vocês, a minha gravidez foi uma maravilha... Tive que tomar uns cuidadinhos básicos na hora do parto, mas correu tudo bem! E eu realmente fiquei muito bem até a Milena fazer 2 anos.

Para quem não sabe, o LES (Lúpus Eritematoso Sistêmico) não tem cura e sim controle. Quando não há esse controle, ele faz com que seu próprio sistema imunológico te ataque, gerando infecções. Muitas coisas podem gerar uma crise, inclusive a gravidez... O meu, inclusive, só mostrou os sintomas porque fiquei grávida. Os estresses diários aliados à minha falta de disciplina com os remédios, (porque quando eu tô bem eu esqueço que eles existem... Sim, eu sei que tô errada) me fizeram ter uma nova crise em 2009.

Ele atacou meus rins, causando uma nefrite... Meus pés incharam, fiquei hipertensa e ainda tive que aumentar o uso da cortisona. Eu vivo um "amor bandido" com essa tal de cortisona porque ela controla o lúpus, porém a alta dosagem necrosou a cabeça dos meus dois fêmures e me fez perder parte dos movimentos do quadril. Isso causa dor constante... Uma dor que sinto há tanto tempo que já até acostumei.

Essa falta de movimentos, me trouxe grande dificuldade em fazer certas coisas em casa (como correr atrás de Milena, por exemplo). Sem contar que Milena desde cedinho viu toda a minha rotina médica, meu sofrimento na hora das dores... Isso fez com que ela crescesse com a imagem de uma mãe fraca! Por isso a minha falta de moral em alguns casos, além de perder as rédeas para a minha mãe.

Eu passei de 2009 até 2013 meio que sem rumo, num estado de conformismo, com o lúpus alternando entre atacar rins e coração, além de andar de muletas, depois bengala. Meu estado não era deplorável, mas eu não conseguia me sentir "mãe" daquela maneira, sem conseguir fazer nada. Nunca podia estar presente na escola porque não podia pegar sol, ou porque tinha que andar muito, não podia dançar com minha filha nas festas de criança e nem brincar de correr com ela. Aí veio a depressão e ajudou a ferrar com tudo... Depois de umas sessões de análise e muito rivotril (s2), minha mente fez um "BOOM!" e eu saí daquele mundinho de proteção que eu criei. Larguei a bengala de lado, porque fazia tempo que eu tinha me acostumado com a dor e já andava sem mancar, vi que dava para me encher de protetor solar e pegar sol sem morrer, passei a ser presente na escola e a dançar Anitta (>_<) com ela nas festas, mesmo que eu fique sem levantar da cama depois...

Sem contar que comecei a fazer um curso, sair de casa, ter uma vida... Aí, ela vem me enxergando como uma pessoa mais forte e, acima de tudo, como mãe dela e tem me dado mais crédito... Agora falta me obedecer mais... é um processo demoradinho, mas eu chego lá... #oremos

Beijinhos! =**

*Sim, eu sou indisciplinada como a Naluh... Tão indisciplinada que não consigo nem ter um horário certo para fazer os exercícios de Yoga que prometi que iria tentar com ela... Tão indisciplinada que esqueci que hoje era meu dia de postar e não programei o post... me julguem! E Naluh, me perdoa... pfvr?*

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

[Fátima] Criança tem querer sim

"Foi sem querer querendo..."

Vou fazer uma mudancinha básica nas minhas postagens agora: dei uma pausa nos posts sobre a "Milena bebê" porque senti vontade de contar para vocês como é minha rotina atual com ela. Vou escrever sobre os dias de hoje e os posts terão a etiqueta "Momentos atuais" e conforme eu for vendo necessidade (e lembrar também, porque já fazem 07 anos), eu volto a minha história... até porque tenho muita coisa para contar.

Moramos eu, ela, minha mãe e meu irmão e todo o dia tem briga: dela comigo, dela com minha mãe, da minha mãe comigo. E o problema maior que tenho todos dias são as discussões com a minha mãe sobre a criação de Milena. (isso vai virar post)

Devido aos anos que passei muito mal do Lúpus (eu vou escrever sobre isso também) a minha mãe teve que tomar as rédeas da educação da minha filha e eu fiquei no posto de "irmã mais velha". Isso não é bom porque, um fato que existe é que filhos adooooram irritar as mamães. Agora vocês imaginem quando junta a vontade de irritar a mamãe com a necessidade de chamar atenção por ser "irmã mais nova"? É realmente um problemão que venho tentando resolver.

No ano passado, eu tive uma melhora considerável e comecei a pegar as rédeas de volta. Tá sendo difícil, mas vejo melhora a cada dia! (Obrigada, 100or!)

Uma das coisas que eu sempre fiz questão foi que ela pudesse escolher o que ela quer: desde a roupa que vestir, até a música que ela ouve. A mamãe é do rock n' roll e a Milena curte Mc Gui! *mamãe chora em silêncio* Ensino os valores básicos sobre amar o ser humano e os animais, respeitar os mais velhos (não funciona muito), não falar com estranhos... Mas não como imposição. Apenas ensino como ser uma boa pessoa, deixando ela processar as coisas dentro da cabecinha dela e formar uma opinião sobre isso. Por exemplo: ela vê um casal homossexual e entende que aquilo é amor. Lógico que ela pergunta "Mãe, eles são 'gay'?", eu respondo que sim, ela não fala mais nada e age como se nada tivesse acontecido!

O mesmo acontece com os valores religiosos: A minha mãe é evangélica, a ensinou sobre Jesus, céu, inferno... Ela tinha uma visão toda medrosa das coisas não cristãs e isso eu já desconstruí, pelo menos. Por exemplo: ela não tem medo de vampiros, lobisomens, fantasmas! O que deixa a imaginação dela (que é fértil pra caramba) fluir naturalmente. As brincadeiras saíram do "Eu sou a mãe, vc é a filha" para "Eu sou a bruxa da floresta, você é fada do ar" ao mesmo tempo que o peito da mamãe aqui se estufa de orgulho por ver que ela é tão parecida comigo! ♥

Outra coisa foi apresentar a ela outros canais que não fossem os de desenho (nada contra, eu adoro a Disney). Ela ainda vê, porém a pego assistindo Discovery Channel, o Animal Planet e o Viva!... uma coisa que ela ama são as novelas antigas. Lógico que controlo as cenas, mas ela curte e quem sou eu para reclamar? (eu odeio novelas...)

Meu maior desafio no meio dessa liberdade toda é manter a voz ativa. Criança é um bicho muito sacana que quer te morder se você dá muita confiança. As guerras de opinião são diárias, porque agora ela sempre tem algo a acrescentar em tudo que eu digo e não entendeu ainda que é melhor ficar quieta quando tem alguém falando, que não se dá opinião em conversa de adultos e nem se espalha ao mundo o que se ouve dentro de casa... Estou trabalhando nisso, me desejem sorte! E se alguém tiver alguma sugestão de ajuda eu aceito afinal, "o bagulho anda doido" genty!

Beijinhos! =**


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

[Naluh] Para seguir em frente

Olá! Quero dar as boas-vindas, antes de tudo, ao grupo de estudos astrológicos que acompanhará este blog como parte de seus estudos, comparando as nossas postagens com o nosso mapa natal. Sejam bem-vindos!

Agora sim. :) Eu posso estar soando repetitiva, mas peço que me perdoem. Esse blog, antes de qualquer coisa, é um espaço onde possamos fazer a catarse de nossas emoções durante o processo de tentativas para engravidar e, no caso da Fátima, o processo de aprender a ser mãe.

Meu corpo eliminou meu embrião no início da 5ª semana de gestação. Eu não cheguei a ter um positivo, mas pensando e revendo as coisas que vivenciei, eu tive, definitivamente, os sintomas certos, e eles eram reais. Poucos dias antes da menstruação descer, com 7 dias completos de atraso, os sintomas desapareceram. Eu sabia que algo havia mudado, mas não sabia o que era. Era meu embrião que não desenvolveu.

Eu tive dor de cabeça, sensibilidade nos mamilos, aumento no apetite, sensibilidade emocional, atraso menstrual, muito sono, leves náuseas à noite, intestino preso e aumento de gases. Esses sintomas se apresentaram por cerca de 13 dias. Então, um por um, foram embora. No dia 16 de janeiro, minha menstruação desceu arrasante, com cólicas de brinde. Passei um dia difícil, triste. A cólica era a consciência da expectativa frustrada. A cada vez que sentia as cólicas, eu me lembrava de que não consegui.

Antes de ir para o trabalho, fiz uma sequência de yoga e senti que as emoções vieram para a flor da pele. Passei o dia com o choro preso. Fui pra praia com meu marido e meu irmão depois do trabalho, me banhei no mar, apreciei muito a paisagem, deixei as águas eternas fazerem seu trabalho de limpeza e restauração. De fato, minhas cólicas desapareceram enquanto estive no mar. As marés se sincronizam: as minhas com as do mar, minhas águas se acalmam. Foi lindo. Deixei a praia depois do por do sol, meio obliterado pelas nuvens de uma chuva que ameaça chegar e não chega nunca,  e marchei rumo à minha casa. Aqui, na cama, antes de dormir, chorei um pouquinho, baixinho.

Passei o final de semana me recuperando, me restaurando emocionalmente para seguir em frente. Com a consciência de que muita coisa precisa mudar, eu preciso mudar. A ansiedade não pode estar presente se eu quiser que isso funcione, e eu quero. Muito. Não sei se vou conseguir tão rápido, mas eu vou desacelerar e mais importante, não vou parar de tentar engravidar até que isso aconteça. Vou, ao contrário, construir minha mudança.

Eu não tomo remédios para a ansiedade, pra quase nada, na verdade. O máximo foram uns fitoterápicos para dormir num período muito difícil, há 2 anos. Entretanto, eu vou do 0 ao 100 na escala da ansiedade em segundos, e na da irritação, e na da raiva. Vivenciei cada uma dessas sensações na marca de intensidade 90/100, durante os 13 dias de fecundação/implantação. Em geral, com exceção da ansiedade, são sentimentos autocombustíveis: se consomem na mesma chama na qual nasceram. Mas a ansiedade não, essa danada. Ela fica aqui, disfarçada, espreitando, passeando sorrateira, me provocando azia. Ao menor motivo ela faz "TAH DAH" na minha frente e isso repercute no corpo inteiro.

É como uma caixinha dessas daqui do lado, amarrada em você. Você carrega com cuidado porque sabe o que tem dentro da caixa e não quer que ela abra, FAZ-DE-TUDO pra ela ficar fechada, e de repente dá um mole: a caixa abre e a ansiedade salta de dentro, tal qual o palhaço.

Como lidar, então?

O primeiro passo, a yoga. Sou autodidata, pratico na minha sala com vídeos do youtube. Procurem por "yoga aula iniciantes".

Segundo passo, tirar o aplicativo para controle do ciclo menstrual da tela inicial do celular. Eu sei que não vou esquecer do meu período fértil, eu acho. Principalmente porque tenho mittelschmertz, mas eu vou tentar. É preciso

Terceiro passo, passear bastante. Preciso de endorfina, de dopamina, de serotonina e ocitocina e a melhor forma de conseguir é promovendo a felicidade. Vou apostar em praias e no mar.

Quarto passo, namorar como se não houvesse amanhã. Se eu quero engravidar, não preciso evitar. Se eu não preciso evitar, então vamos acabar com a paranoia de período fértil. Todo dia, a qualquer hora é hora de ser feliz.

Quinto passo: dar uma pausa nas postagens no estilo diário das tentativas. Quando tiver necessidade de transbordar por aqui, eu farei. Mas meu esforço agora será para esquecer que sou tentante. No blog, vou publicar conteúdo no tema, mas não pessoais até que saia um positivo. Espero que compreendam.

Até depois de amanhã!
Beijos


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

[Fátima] O dia em que o bebê mamou mais do que devia

Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/amamentar-e-ter-afinidade-com-o-bebe/

Como eu disse no último post, eu não sabia amamentar e a Milena mamava como se não houvesse amanhã. Meu peito feriu e quando eu ouvia o chorinho dela de fome, eu chorava junto imaginando a dor que eu ia sentir.

A vovó teimava em dizer que meu "leite era fraco", porque eu era doente, porque eu tomava muito remédio e que a bebê estava passando fome. Insistiu durante horas ao meu ouvido para que eu comprasse o maldito NAN® e eu acabei cedendo. Até porque o meu peito também estava necessitado de um alívio! ¬¬'

A Milena tinha acabado de esvaziar meus dois seios, se passaram 10 minutos e ela começou a chorar, chorar, chorar... A vovó teimava que era fome enquanto aquele inferno mental se formava na minha cabeça. Fui até a cozinha, preparei metade dos "ml's" que a lata caríssima de NAN® orientava a fazer e dei... Ela fez questão de mamar tudinho rapidamente e em seguida, vomitar (ou "gorfar") todo... todo... TODO... o complemento na minha cara... *chora, Fátima*

Eu ainda intercalei o NAN® com algumas mamadas porque realmente eu sentia muita dor ao amamentá-la toda a hora (e também porque aquilo era caro e aquela lata tinha que acabar), mas não a fazia muito bem. Deu prisão de ventre, cólicas, essas coisinhas chatas de recém-nascido que a gente fica na dúvida se teria se só mamasse no peito.

Aí levei na pediatra, que mandou eu parar com o NAN® e a educasse a só pegar o peito com intervalos de 1h e meia, para começar... E que, se ela chorasse muito nos intervalos, eu desse um cadinho de água. Sim! As mamães mais radicais podem dizer que bebê que só mama no peito não sente sede, porém minha filha nasceu em outubro, e nós morávamos numa casa sem laje, apenas com um telhado de telha "Brasilit®" = calor dos infernos.

O bom disso tudo é que ela cresceu gostando de beber muita água, e esse costume perdura até hoje. O método deu certo, ela só mamou leite de peito e bebeu água até 6 meses. Não era um bebê gordão, daqueles que todo o mundo gosta de ver, mas também não era abaixo do peso e nem teve probleminhas por tomar uma aguinha de vez em quando, viu?!

Com o tempo, o meus seios melhoraram e ela parou também de mamar de 10 em 10 minutos. Eu não sei se eu fazia errado, ou se isso é normal de recém-nascido mesmo, ou se aconteceu só com ela, mas com 3 meses parecia que tudo já estava dando certo... Pelo menos essa fase já estava vencida! E mal sabia eu que outras ainda estavam por vir...

Agradecimentos especiais

Hoje, eu tenho agradecimentos especiais a fazer: primeiro à minha irmã gêmea com 3 anos e 3 dias de diferença, Naluh!! Sem ela, esse blog não seria possível! Em seguida, às nossas fiéis seguidoras Nats e Barbara e ao pessoal que nos acompanha pelo facebook curtindo e comentando! Nosso blog está com um sucesso que eu não esperava!! Estou super feliz!! Vou até distribuir amores porque sou mentira fofíssima: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥

Beijinhos! =***


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

[Fátima] Os terríveis primeiros dias


Depois que Milena nasceu, eu só pensava em como seria lindo deitar na minha caminha confortável e dormir sem o barrigão... Só que o vovô Chico, antes de me levar para casa, resolveu passar na casa da "Bisa Maria" para mostrar pra todo o mundo o "pacotinho novo". Tá, dava pra aguentar mais umas horinhas a mais... (Não, eu só fui educada...)

Acho que um dos meus maiores problemas é a dificuldade de me impor em certas situações, por exemplo: teve um dia que recebi uns 10 parentes ao mesmo tempo para conhecer o bebê. Isso na primeira semana... Foi estressante, virou festa, todos dizendo o que fazer e o que não fazer. (#ficaadica para as mamães: vocês podem e devem estabelecer um limite de visitantes por semana. Não se preocupem em parecer antipáticas! E para os visitantes: pelo amor... Deem uma trégua para as recentes mamães!)

Outra coisa dificultosa para mim foi amamentar. Eu não aprendi o jeito certo. Me ensinaram 847623853423654 vezes e eu não aprendi, então a Milena mamou do jeito errado mesmo. Me feriu, me esfolou, sangrou, eu chorei... muita coisa... E foi assim até meu peito "acostumar". E ela mamava toda a hora, já nasceu "fominha"!

E na hora de dormir? Bem, dormir direito não foi possível. Eu planejei nunca acostumá-la dormir comigo. Ia conseguir levantar 38373464 vezes na noite, trocar fraldas, amamentar, botar ela para arrotar e pra dormir de novo, no berço. Falhei, no  primeiro dia... Não deu, gente... desculpem...

Os primeiros dias são muito difíceis, mas passam e no final tudo fica sincronizado! Relaxem então, ok?

Beijinhos! =**

*Queria escrever mais, porém estou cochilando no teclado... e um fato sobre a Fátima aqui é que ela quase nunca tem sono e é usuária de rivotril. Então cochilar sem ele é um milagre! Mereço até "applause"!*