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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

[Fátima] O LES na minha vida de mãe

Assim como já disse para vocês, a minha gravidez foi uma maravilha... Tive que tomar uns cuidadinhos básicos na hora do parto, mas correu tudo bem! E eu realmente fiquei muito bem até a Milena fazer 2 anos.

Para quem não sabe, o LES (Lúpus Eritematoso Sistêmico) não tem cura e sim controle. Quando não há esse controle, ele faz com que seu próprio sistema imunológico te ataque, gerando infecções. Muitas coisas podem gerar uma crise, inclusive a gravidez... O meu, inclusive, só mostrou os sintomas porque fiquei grávida. Os estresses diários aliados à minha falta de disciplina com os remédios, (porque quando eu tô bem eu esqueço que eles existem... Sim, eu sei que tô errada) me fizeram ter uma nova crise em 2009.

Ele atacou meus rins, causando uma nefrite... Meus pés incharam, fiquei hipertensa e ainda tive que aumentar o uso da cortisona. Eu vivo um "amor bandido" com essa tal de cortisona porque ela controla o lúpus, porém a alta dosagem necrosou a cabeça dos meus dois fêmures e me fez perder parte dos movimentos do quadril. Isso causa dor constante... Uma dor que sinto há tanto tempo que já até acostumei.

Essa falta de movimentos, me trouxe grande dificuldade em fazer certas coisas em casa (como correr atrás de Milena, por exemplo). Sem contar que Milena desde cedinho viu toda a minha rotina médica, meu sofrimento na hora das dores... Isso fez com que ela crescesse com a imagem de uma mãe fraca! Por isso a minha falta de moral em alguns casos, além de perder as rédeas para a minha mãe.

Eu passei de 2009 até 2013 meio que sem rumo, num estado de conformismo, com o lúpus alternando entre atacar rins e coração, além de andar de muletas, depois bengala. Meu estado não era deplorável, mas eu não conseguia me sentir "mãe" daquela maneira, sem conseguir fazer nada. Nunca podia estar presente na escola porque não podia pegar sol, ou porque tinha que andar muito, não podia dançar com minha filha nas festas de criança e nem brincar de correr com ela. Aí veio a depressão e ajudou a ferrar com tudo... Depois de umas sessões de análise e muito rivotril (s2), minha mente fez um "BOOM!" e eu saí daquele mundinho de proteção que eu criei. Larguei a bengala de lado, porque fazia tempo que eu tinha me acostumado com a dor e já andava sem mancar, vi que dava para me encher de protetor solar e pegar sol sem morrer, passei a ser presente na escola e a dançar Anitta (>_<) com ela nas festas, mesmo que eu fique sem levantar da cama depois...

Sem contar que comecei a fazer um curso, sair de casa, ter uma vida... Aí, ela vem me enxergando como uma pessoa mais forte e, acima de tudo, como mãe dela e tem me dado mais crédito... Agora falta me obedecer mais... é um processo demoradinho, mas eu chego lá... #oremos

Beijinhos! =**

*Sim, eu sou indisciplinada como a Naluh... Tão indisciplinada que não consigo nem ter um horário certo para fazer os exercícios de Yoga que prometi que iria tentar com ela... Tão indisciplinada que esqueci que hoje era meu dia de postar e não programei o post... me julguem! E Naluh, me perdoa... pfvr?*

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

[Fátima] Criança tem querer sim

"Foi sem querer querendo..."

Vou fazer uma mudancinha básica nas minhas postagens agora: dei uma pausa nos posts sobre a "Milena bebê" porque senti vontade de contar para vocês como é minha rotina atual com ela. Vou escrever sobre os dias de hoje e os posts terão a etiqueta "Momentos atuais" e conforme eu for vendo necessidade (e lembrar também, porque já fazem 07 anos), eu volto a minha história... até porque tenho muita coisa para contar.

Moramos eu, ela, minha mãe e meu irmão e todo o dia tem briga: dela comigo, dela com minha mãe, da minha mãe comigo. E o problema maior que tenho todos dias são as discussões com a minha mãe sobre a criação de Milena. (isso vai virar post)

Devido aos anos que passei muito mal do Lúpus (eu vou escrever sobre isso também) a minha mãe teve que tomar as rédeas da educação da minha filha e eu fiquei no posto de "irmã mais velha". Isso não é bom porque, um fato que existe é que filhos adooooram irritar as mamães. Agora vocês imaginem quando junta a vontade de irritar a mamãe com a necessidade de chamar atenção por ser "irmã mais nova"? É realmente um problemão que venho tentando resolver.

No ano passado, eu tive uma melhora considerável e comecei a pegar as rédeas de volta. Tá sendo difícil, mas vejo melhora a cada dia! (Obrigada, 100or!)

Uma das coisas que eu sempre fiz questão foi que ela pudesse escolher o que ela quer: desde a roupa que vestir, até a música que ela ouve. A mamãe é do rock n' roll e a Milena curte Mc Gui! *mamãe chora em silêncio* Ensino os valores básicos sobre amar o ser humano e os animais, respeitar os mais velhos (não funciona muito), não falar com estranhos... Mas não como imposição. Apenas ensino como ser uma boa pessoa, deixando ela processar as coisas dentro da cabecinha dela e formar uma opinião sobre isso. Por exemplo: ela vê um casal homossexual e entende que aquilo é amor. Lógico que ela pergunta "Mãe, eles são 'gay'?", eu respondo que sim, ela não fala mais nada e age como se nada tivesse acontecido!

O mesmo acontece com os valores religiosos: A minha mãe é evangélica, a ensinou sobre Jesus, céu, inferno... Ela tinha uma visão toda medrosa das coisas não cristãs e isso eu já desconstruí, pelo menos. Por exemplo: ela não tem medo de vampiros, lobisomens, fantasmas! O que deixa a imaginação dela (que é fértil pra caramba) fluir naturalmente. As brincadeiras saíram do "Eu sou a mãe, vc é a filha" para "Eu sou a bruxa da floresta, você é fada do ar" ao mesmo tempo que o peito da mamãe aqui se estufa de orgulho por ver que ela é tão parecida comigo! ♥

Outra coisa foi apresentar a ela outros canais que não fossem os de desenho (nada contra, eu adoro a Disney). Ela ainda vê, porém a pego assistindo Discovery Channel, o Animal Planet e o Viva!... uma coisa que ela ama são as novelas antigas. Lógico que controlo as cenas, mas ela curte e quem sou eu para reclamar? (eu odeio novelas...)

Meu maior desafio no meio dessa liberdade toda é manter a voz ativa. Criança é um bicho muito sacana que quer te morder se você dá muita confiança. As guerras de opinião são diárias, porque agora ela sempre tem algo a acrescentar em tudo que eu digo e não entendeu ainda que é melhor ficar quieta quando tem alguém falando, que não se dá opinião em conversa de adultos e nem se espalha ao mundo o que se ouve dentro de casa... Estou trabalhando nisso, me desejem sorte! E se alguém tiver alguma sugestão de ajuda eu aceito afinal, "o bagulho anda doido" genty!

Beijinhos! =**


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

[Fátima] O dia em que o bebê mamou mais do que devia

Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/amamentar-e-ter-afinidade-com-o-bebe/

Como eu disse no último post, eu não sabia amamentar e a Milena mamava como se não houvesse amanhã. Meu peito feriu e quando eu ouvia o chorinho dela de fome, eu chorava junto imaginando a dor que eu ia sentir.

A vovó teimava em dizer que meu "leite era fraco", porque eu era doente, porque eu tomava muito remédio e que a bebê estava passando fome. Insistiu durante horas ao meu ouvido para que eu comprasse o maldito NAN® e eu acabei cedendo. Até porque o meu peito também estava necessitado de um alívio! ¬¬'

A Milena tinha acabado de esvaziar meus dois seios, se passaram 10 minutos e ela começou a chorar, chorar, chorar... A vovó teimava que era fome enquanto aquele inferno mental se formava na minha cabeça. Fui até a cozinha, preparei metade dos "ml's" que a lata caríssima de NAN® orientava a fazer e dei... Ela fez questão de mamar tudinho rapidamente e em seguida, vomitar (ou "gorfar") todo... todo... TODO... o complemento na minha cara... *chora, Fátima*

Eu ainda intercalei o NAN® com algumas mamadas porque realmente eu sentia muita dor ao amamentá-la toda a hora (e também porque aquilo era caro e aquela lata tinha que acabar), mas não a fazia muito bem. Deu prisão de ventre, cólicas, essas coisinhas chatas de recém-nascido que a gente fica na dúvida se teria se só mamasse no peito.

Aí levei na pediatra, que mandou eu parar com o NAN® e a educasse a só pegar o peito com intervalos de 1h e meia, para começar... E que, se ela chorasse muito nos intervalos, eu desse um cadinho de água. Sim! As mamães mais radicais podem dizer que bebê que só mama no peito não sente sede, porém minha filha nasceu em outubro, e nós morávamos numa casa sem laje, apenas com um telhado de telha "Brasilit®" = calor dos infernos.

O bom disso tudo é que ela cresceu gostando de beber muita água, e esse costume perdura até hoje. O método deu certo, ela só mamou leite de peito e bebeu água até 6 meses. Não era um bebê gordão, daqueles que todo o mundo gosta de ver, mas também não era abaixo do peso e nem teve probleminhas por tomar uma aguinha de vez em quando, viu?!

Com o tempo, o meus seios melhoraram e ela parou também de mamar de 10 em 10 minutos. Eu não sei se eu fazia errado, ou se isso é normal de recém-nascido mesmo, ou se aconteceu só com ela, mas com 3 meses parecia que tudo já estava dando certo... Pelo menos essa fase já estava vencida! E mal sabia eu que outras ainda estavam por vir...

Agradecimentos especiais

Hoje, eu tenho agradecimentos especiais a fazer: primeiro à minha irmã gêmea com 3 anos e 3 dias de diferença, Naluh!! Sem ela, esse blog não seria possível! Em seguida, às nossas fiéis seguidoras Nats e Barbara e ao pessoal que nos acompanha pelo facebook curtindo e comentando! Nosso blog está com um sucesso que eu não esperava!! Estou super feliz!! Vou até distribuir amores porque sou mentira fofíssima: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥

Beijinhos! =***