terça-feira, 20 de janeiro de 2015

[Naluh] Para seguir em frente

Olá! Quero dar as boas-vindas, antes de tudo, ao grupo de estudos astrológicos que acompanhará este blog como parte de seus estudos, comparando as nossas postagens com o nosso mapa natal. Sejam bem-vindos!

Agora sim. :) Eu posso estar soando repetitiva, mas peço que me perdoem. Esse blog, antes de qualquer coisa, é um espaço onde possamos fazer a catarse de nossas emoções durante o processo de tentativas para engravidar e, no caso da Fátima, o processo de aprender a ser mãe.

Meu corpo eliminou meu embrião no início da 5ª semana de gestação. Eu não cheguei a ter um positivo, mas pensando e revendo as coisas que vivenciei, eu tive, definitivamente, os sintomas certos, e eles eram reais. Poucos dias antes da menstruação descer, com 7 dias completos de atraso, os sintomas desapareceram. Eu sabia que algo havia mudado, mas não sabia o que era. Era meu embrião que não desenvolveu.

Eu tive dor de cabeça, sensibilidade nos mamilos, aumento no apetite, sensibilidade emocional, atraso menstrual, muito sono, leves náuseas à noite, intestino preso e aumento de gases. Esses sintomas se apresentaram por cerca de 13 dias. Então, um por um, foram embora. No dia 16 de janeiro, minha menstruação desceu arrasante, com cólicas de brinde. Passei um dia difícil, triste. A cólica era a consciência da expectativa frustrada. A cada vez que sentia as cólicas, eu me lembrava de que não consegui.

Antes de ir para o trabalho, fiz uma sequência de yoga e senti que as emoções vieram para a flor da pele. Passei o dia com o choro preso. Fui pra praia com meu marido e meu irmão depois do trabalho, me banhei no mar, apreciei muito a paisagem, deixei as águas eternas fazerem seu trabalho de limpeza e restauração. De fato, minhas cólicas desapareceram enquanto estive no mar. As marés se sincronizam: as minhas com as do mar, minhas águas se acalmam. Foi lindo. Deixei a praia depois do por do sol, meio obliterado pelas nuvens de uma chuva que ameaça chegar e não chega nunca,  e marchei rumo à minha casa. Aqui, na cama, antes de dormir, chorei um pouquinho, baixinho.

Passei o final de semana me recuperando, me restaurando emocionalmente para seguir em frente. Com a consciência de que muita coisa precisa mudar, eu preciso mudar. A ansiedade não pode estar presente se eu quiser que isso funcione, e eu quero. Muito. Não sei se vou conseguir tão rápido, mas eu vou desacelerar e mais importante, não vou parar de tentar engravidar até que isso aconteça. Vou, ao contrário, construir minha mudança.

Eu não tomo remédios para a ansiedade, pra quase nada, na verdade. O máximo foram uns fitoterápicos para dormir num período muito difícil, há 2 anos. Entretanto, eu vou do 0 ao 100 na escala da ansiedade em segundos, e na da irritação, e na da raiva. Vivenciei cada uma dessas sensações na marca de intensidade 90/100, durante os 13 dias de fecundação/implantação. Em geral, com exceção da ansiedade, são sentimentos autocombustíveis: se consomem na mesma chama na qual nasceram. Mas a ansiedade não, essa danada. Ela fica aqui, disfarçada, espreitando, passeando sorrateira, me provocando azia. Ao menor motivo ela faz "TAH DAH" na minha frente e isso repercute no corpo inteiro.

É como uma caixinha dessas daqui do lado, amarrada em você. Você carrega com cuidado porque sabe o que tem dentro da caixa e não quer que ela abra, FAZ-DE-TUDO pra ela ficar fechada, e de repente dá um mole: a caixa abre e a ansiedade salta de dentro, tal qual o palhaço.

Como lidar, então?

O primeiro passo, a yoga. Sou autodidata, pratico na minha sala com vídeos do youtube. Procurem por "yoga aula iniciantes".

Segundo passo, tirar o aplicativo para controle do ciclo menstrual da tela inicial do celular. Eu sei que não vou esquecer do meu período fértil, eu acho. Principalmente porque tenho mittelschmertz, mas eu vou tentar. É preciso

Terceiro passo, passear bastante. Preciso de endorfina, de dopamina, de serotonina e ocitocina e a melhor forma de conseguir é promovendo a felicidade. Vou apostar em praias e no mar.

Quarto passo, namorar como se não houvesse amanhã. Se eu quero engravidar, não preciso evitar. Se eu não preciso evitar, então vamos acabar com a paranoia de período fértil. Todo dia, a qualquer hora é hora de ser feliz.

Quinto passo: dar uma pausa nas postagens no estilo diário das tentativas. Quando tiver necessidade de transbordar por aqui, eu farei. Mas meu esforço agora será para esquecer que sou tentante. No blog, vou publicar conteúdo no tema, mas não pessoais até que saia um positivo. Espero que compreendam.

Até depois de amanhã!
Beijos


2 comentários :

  1. :(, triste vc não postar mais suas tentativas, mas como uma pessoa ansiosima e quase bipolar( quase pq me recuso a ser mas sou kkkk) entendo que deve fugir da "nóia" daquilo que se quer e não se tem... Mas quando se sentir muito ansiosa divida conosco. vai ler a mesma coisa de tds mas é gostoso saber quanto as pessoas podem se importar e claro palpitar, pq sou palpiteira mesmo kkkkkk boa sorte

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  2. +Bárbara Vidal, obrigada pelo apoio, querida! Eu ainda vou falar muito disso por aqui, é que esse momento é sensível, estou desintoxicando da ansiedade, se eu continuar naquele ritmo não vai rolar nunca! Haha
    Mas vc ainda vai ter muito a oportunidade de dar palpites! Haha obrigada pelo carinho!

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