sexta-feira, 10 de abril de 2015

[Fátima] Confissões que uma mãe não convencional (e doida) precisa fazer...

https://maeperfeita.wordpress.com
(A Mortícia fazendo tricô tem tudo a ver comigo! ♥)

Oi, gentem! Olha eu aqui! Sentiram saudades?!

Pelo título do post, vocês já devem imaginar do que se trata, né? Pois é! Fiz uma lista com 10 coisas que já aconteceram (e ainda acontecem) comigo e que poderão ser absurdas e erradas para algumas mamães, mas aposto que algumas até se identificarão. Então, lá vai:

•Quando Milena nasceu, eu pedi para ela passar a noite no berçário porque eu queria dormir minha última noite de sono tranquila;
•Eu já peguei no sono pesado e não acordei com o choro de fome;
•Eu perdi as contas de quantas vezes eu deixei queimar a sopinha;
•Eu viciei ela na chupeta, mesmo sabendo que ia estragar os dentes só porque deixava ela mais calma;
•Eu deixei ela experimentar chocolate antes de fazer 1 ano;
•Eu disse "não" e em seguida disse "sim" porque ela estava me perturbando muito;
•Eu não tenho a menor paciência para brincar de bonecas ou qualquer outra brincadeira de criança;
•Eu deixo ela comer mais besteira do que devia;
•Eu dou bronca gritando e acabo falando palavrão;
•Eu ainda não consegui tirar a chupeta dela porque ainda a deixa mais calma.

Me julguem agora! :(
Acreditem, eu tô tentando melhorar! A Milena está impossível... o tempo que eu fiquei internada só serviu para descontrolar tudo aqui em casa e por isso está difícil de saírem meus posts também! Próximo post eu conto como estou tomando as rédeas da minha vida de novo e como estou fazendo para tentar botar Milena  "no eixo", ok?!

Beijinhos! Eu não demoro a voltar dessa vez, tá? ;***


terça-feira, 7 de abril de 2015

[Naluh] Vídeo de PNH hospitalar: Egle e Mikael

Oi, gente!

Estreando uma outra seção aqui: Vídeos de Parto Natural Humanizados, hospitalares ou domiciliares. Eu sempre me emociono muito vendo esses vídeos e acho que são verdadeiros aprendizados.

Quero começar com a Egle, linda e forte, que pariu o Mikael rodeada de amor: amor do marido que tentou fazer parte o tempo todo e fez - dá pra ver que ele tá parindo também; da equipe que tem sempre expressões muito cálidas; e rodeada de muito respeito também: a Egle fez como quis, sentou, reclinou, agachou, ficou em pé, dançou <3...

Detalhe: a escolha das músicas é marvilhosa. Conheçam Egle e Mikael. Beijos!


sexta-feira, 3 de abril de 2015

[Naluh] Parto de Lótus

Andei sumida. Fiquei bastante xoxa quando a Bá ficou internada, perdi bastante do tesão do blog nesse período. Por outro lado, esses últimos três meses foram bastante estressantes aqui em casa. Muitas dúvidas rondaram nossas cabeças e isso incluiu a decisão de ter ou não um bebê. Foi um momento bastante difícil, que estamos trabalhando para superar. Todo esse estresse deixou minha ovulação instável e ainda estou tentando colocar isso em ordem.

A questão é que, com o perdão do trocadilho, o plano de ter um bebê não foi abortado.

Outro dia, no facebook uma amiga linda que está gestante de quase 40 semanas me marcou num post sobre o Parto de Lótus. Dei uma olhada nos comentários, e não vi nada demais, apenas uma moça perguntando se seria necessário carregar bebê + placenta por três dias e como a resposta que deram a ela também foi equivocada, resolvi escrever esse texto e trazer uma síntese do Parto de Lótus.

Algumas mulheres que optam por esses métodos diferentes, muitas vezes são chamadas de loucas, hippies, irresponsáveis e etc. Infelizmente vivemos numa cultura onde o artificial é sempre preferível ao natural. Que pena.

Mas sim, muito provavelmente sou louca, certamente hippie, mas irresponsabilidade é uma coisa que passa longe. Somos loucas por ousar viver e pensar fora da caixinha. Isso muitas vezes provoca o isolamento e a sensação de não pertencer a esse mundo. Somos hippies por que acreditamos que a natureza nos fornece aquilo que precisamos. Que podemos parir em nossas casas, que devemos respeitar o sagrado momento do nascimento e que a placenta, que foi que nutriu nosso bebê dentro do nosso corpo, foi "mãe" dele antes de nós sermos. A placenta e o bebê possuem uma conexão que consideramos mais que saudável, sagrada. Algumas dessas hippies-loucas, esperam parar de pulsar para, aí sim, cortar o cordão. Outras acreditam que devem deixar o cordão secar ainda ligado ao bebê e à placenta e deixar desprender naturalmente. Algumas optam por descartar a placenta fresca. Outros por desidratar, encapsular e consumir. Mas nenhuma dessas mulheres faz essas coisas desconsiderando riscos, sejam à elas ou ao bebê. Nenhuma delas faz por gostar pouco de seus bebês. Isso tudo faz parte do extremamente controverso direito de decidir o que é melhor para si e para seus rebentos. Gostando ou não, concordando ou não, a única coisa que podemos fazer é respeitar.

Vamos ao Parto de Lótus!

Créditos da imagem: http://www.homeinthehive.org/2013/08/lunas-lotus-birth.html#.VR9I-PnF-X8
À propósito, leiam esse artigo, pq é super.

Imagina que louco se quando seu bebê nascesse, ao invés de você (ou o médico, ou o pai) cortar a circulação do sangue entre a placenta e o bebê para cortar o cordão e jogar a placenta fora, você mantivesse a placenta ligada através do cordão ao bebê por cerca de três dias, ou seja, até o cordão secar e cair naturalmente, sem cotoco?Alguma das minhas fontes disse que foram umas hippies-loucas-iogues que começaram a difundir a prática nos anos 80, mas que a mesma encontrar eco nas práticas indígenas (dessa parte eu não tenho certeza).

Pois é. Esse é o parto de lótus.

Pergunta #1: POR QUE CARGAS D'ÁGUA?

Antes de tudo é necessário explicar que o parto de lótus aparece como uma prática de inspiração filosófica-religiosa. Acredita-se que uma criança que não passa pelo trauma do corte precoce do cordão umbilical é uma criança mais tranquila, mas "inteira". O principal vínculo que possuía até nascer não é cortado grosseiramente, e sim desfeito naturalmente. Pode parecer bizarro, mas na vedade faz muito sentido se parar para analisar o fato de que o coto de cordão, cortado precocemente (da forma como é feito nos hospitais) leva cerca de 9 dias para cair, o coto de cordão que esperou o cessar das pulsações leva cerca de 7 dias para cair e o cordão não cortado se separa do bebê em cerca de 3 dias. Faz muito sentido.

Esse é o diferencial. O bebê nasce, mas seus vínculos prévios não são cortados à força. Espera-se o tempo deles de se separar. Os benefícios físicos não são diferentes daqueles cordões que são cortados após o fim das pulsações:

1. Transfusão completa do sangue da placenta para o bebê (o que alguns especialistas afirmam que pode evitar a anemia em recém-nascidos);

2. Vitamina K direto da placenta, toda a vitamina K da placenta (o que alguns especialistas dizem que elimina a necessidade de vitamina K extra aplicada pelos médicos; outros especialistas dizem que só reduz, eu acredito nos primeiros especialistas);

3. O bebê recebe mais células-tronco;

4. O bebê tem a imunidade aumentada, porque recebe mais células de defesa da placenta;

5. Não tem o risco do coto infeccionar, porque não tem coto.

Benefícios psicológicos?

1. Estimula a mãe a sossegar o facho, uma vez que andar pra lá e pra cá significa carregar bebê + placenta;

2. E por isso, estimula o vínculo entre a mamãe e o bebê¹.

Dito isso, vem a segunda pergunta: MAS E A PLACENTA? VAI APODRECER, NÃO?

Se você deixar ela lá, de boas, sim. Se você tentar dar banho com sabonete e amamentar a placenta, sim. Por isso, é importante distinguir os cuidados que você deve ter com a placenta e os cuidados que você vai ter com o bebê. Os que você vai ter com o bebê é basicamente, manter limpo, manter alimentado, manter confortável. Ok?

Já a placenta, você vai precisar manter limpa e seca (sim, é bom lavar, pq né?, ela vai estar cheia de sangue, mas não precisa usar sabonete neutro). O que eu já vi no YT foi gente usando toalhas absorventes (tipo tapete descartável pra xixi de cachorro e gato dodói) para tirar o excesso de umidade e colocando camadas de sal marinho e alecrim na placenta uma vez por dia, durante a higienzação, depois enrolando em uma toalha absorvente nova, num lenço de seda e ta-dá! Já li gente dizendo que só começa a ter um cheiro almiscarado no segundo ou terceiro dia, mas aí o cordão cai e você não precisa mais vestir a placenta pra festa².

Pergunta #3: O QUE QUE EU FAÇO COM A PLACENTA DEPOIS?

A parte fofa: você pode plantar numa árvore frutífera! Olha que lindo! Uma árvore que vai nascer praticamente junto com seu bebê. <3 Eu acho essa ideia linda!!

Oooou você pode jogar fora, enterrar, cremar e colocar as cinzas num relicário (ou jogar as cinzas em algum lugar diferente), aproveitar que já está no sal há três dias, acender a churrasqueira e... :P

Essa mamãe aqui fez uma farofa. hahaha Menira, é sal, ervas e pedras (tumalina)
Créditos da imagem: http://www.unfoldinglotus.com/lotus-birth.html

Brincadeiras à parte, espero que tenham gostado da minha explicação do parto de lótus. Eu acho muito bonito, embora um pouco anti-prático. MAS TAMBÉM QUEM FOI QUE DISSE QUE TUDO TEM QUE SER PRÁTICO? Tem que ser bom, principalmente pro bebê.

Aqui embaixo vou colocar o link de um vídeo do YT onde uma moça mostra fotos e vídeo de como cuidou das 3 placentas que ela pariu e como ficou o umbiguinho dos três filhotes dela. É em inglês, mas as imagens falam por si. Beijo.



__________________________
¹ Esses itens são do site http://vilamamifera.com/mulheresempoderadas/parto-de-lotus-voce-ja-pensou-sobre-isso/
² http://www.foxnews.com/health/2013/04/11/lotus-birth-trend-keeps-umbilical-cord-and-placenta-attached-to-baby-for-days/#ixzz2QBLBk9Ih